A GRANDE ESFINGE DE GIZÉ
Convido vocês a conhecerem a história da Grande Esfinge de Gizé que é uma imponente escultura dotada de cabeça humana e corpo de leão localizada junto às Pirâmides de Gizé. Trata-se de um dos monumentos mais extraordinários e não apenas no Egito, mas no mundo inteiro.
A enigmática esfinge possui uma altura de, aproximadamente, 20 metros e 6 metros de largura.
Além disso, sua cabeça humana e corpo de leão, algo que para os antigos egípcios reunia a inteligência e a força.
A esfinge é um dos grandes mistérios de todos os tempos e ao longo de vários séculos diversos arqueólogos especularam sobre a sua procedência, sua data de criação e, inclusive, sua função.
Acredita-se que foi criada por volta do ano 2.500 a.C. como parte do complexo funerário de Quéfren e tinha como objetivo ser o guardião que protegeria sua tumba.
Um outro fato curioso sobre esta Esfinge, é a Estela dos Sonhos, uma placa de granito posta entre as patas dianteiras da estátua, que fala sobre a primeira tentativa de “desenterrá-la” da areia, já que teria sido soterrada até os ombros após o abandono da necrópole de Gizé.
A Estela tem a seguinte inscrição:
“… o filho real, Tutmés, chegou, enquanto caminhava ao meio-dia e sentando-se à sombra deste poderoso deus, foi superado pelo sono e dormiu no exato momento em que Rá estava na cúpula do céu.
Ele descobriu que a majestade deste deus falou-lhe com sua própria boca, como um pai fala para o filho, dizendo: Olhe para mim, contemple-me, ó Tutmés meu filho, eu sou o teu pai, Harmakhis-Khepri – Ra – Atum, eu conceder-te-ei a soberania sobre o meu domínio, a supremacia sobre a vida… Eis a minha condição real para que tu proteja todos os meus membros perfeitos.
A areia do deserto que estou colocado cobriu-me. Salve-me, fazendo com que tudo o que está no meu coração seja executado. ”
A Estela fala que o responsável pela primeira escavação, da qual se tem notícia, teria sido o faraó Tothtmés IV que recebeu a mensagem da própria Esfinge através de um sonho, enquanto tirava um cochilo próximo a escultura, no qual ela pedia que lhe fosse removida a areia, e em troca, o deus Sol faria dele rei.
No decorrer do século XIX, em 1817, houve uma nova escavação supervisionada pelo italiano Giovanni Caviglia, descobrindo todo o peito da estátua, e apenas em 1925 foi completamente desenterrada.
Houve muitas especulações sobre o desaparecimento de seu nariz, visivelmente desgastado. Muitas teorias atribuem o desaparecimento a Napoleão. No entanto, essa hipótese foi desmontada quando foram encontrados desenhos realizados por um explorador antes do nascimento de Napoleão.
Atualmente a esfinge não possui nenhuma das cores vivas que um dia chegaram a revesti-la, quando ainda possuía o corpo e a grande cabeça de cor vermelha e a vestimenta egípcia que cobria a sua cabeça de listras brancas e azuis.
A cabeça da esfinge possui um melhor estado de conservação do que o seu corpo devido à dureza da pedra que foi utilizada para a sua construção. No entanto, o corpo conta com a vantagem de ter passado grande parte de sua história enterrado na areia, fato que ajudou a preservá-lo do processo de erosão.
Em 1926 parte de seu turbante teria caído, por conta da erosão fazendo com que em 1931 engenheiros trabalhassem na região de sua cabeça para uma restauração total, mostrando a Esfinge como temos até os dias atuais.