HATSHEPSUT – A PRIMEIRA MULHER FARAÓ

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Hatshepsut foi uma rainha faraó considerada uma das governantes mais importantes do Antigo Egito.

Ela é conhecida como a primeira mulher faraó do Egito antigo a reinar como homem com toda a autoridade de faraó. 

Hatshepsut nasceu por volta de 1508 a.C. Ela foi a única filha da rainha Ahmose, esposa principal de Tutmés I.

Após o falecimento do rei, quando tinha apenas 12 anos, ela casou-se com o meio-irmão Tutmés II, filho do seu pai com uma das esposas secundárias. 

Ela governou o Egito como rainha ao lado de seu esposo, Tutmés II.

Como Hatshepsut teve apenas uma filha, Neferure, e o herdeiro ao trono de Tutmés II era um bebê, filho do rei com uma concubina chamada Ísis, era impossível para Tutmés III assumir o trono, afinal era apenas um bebê.

Então a rainha Hatshepsut atuou como regente, e exercia esse papel até que, reivindicou para si o papel de faraó, com a ajuda e apoio dos seus aliados do governo.

A rainha foi o quinto faraó da décima oitava dinastia do Egito, assumiu o trono em 1478 ac. Sua ascensão ao poder foi notável, pois exigia que ela utilizasse sua linhagem sanguínea, educação e compreensão da religião. 

Hatshepsut reinou no Egito por mais tempo, estando no trono por longos 22 anos, além disso é considerada um dos faraós de maior sucesso do Egito.

Enquanto governante, atuou de forma pacífica, construiu templos e monumentos, resultando num crescimento próspero do Egito.

Em seu reinado, ela construiu um templo dedicado ao deus Amon, local que serviu para ser o seu templo mortuário em Deir el Bahari.

Além disso, Hatshepsut foi responsável pela construção de dois obeliscos no Templo de Amon dentro do Grande Complexo dos Templos de Karnak, em Luxor.

A rainha veio a óbito no início de fevereiro de 1458 a.C.

Após a morte da rainha faraó, o seu enteado Tutmés III apagou inscrições e tentou erradicar sua memória dos lugares que ela construiu durante o seu reinado.

Em 1902, Howard Carter fez uma expedição na qual encontrou o sarcófago da rainha totalmente vazio. Em outro túmulo encontrado (KV60), haviam dois caixões, o da ama de leite da rainha e o segundo era de uma mulher desconhecida.

Posteriormente em 2006, uma equipe liderada pelo egípcio Dr. Zahi Hawass foi em busca de revelar a identidade da múmia desconhecida. O que determinou a confirmação foi um dente molar encontrado com o nome de Hatshepsut, e ao colocar o dente na mandíbula, o encaixe foi perfeito. 

Uma tomografia computadorizada da múmia revelou que ela morreu aos 50 anos de idade, com câncer nos ossos e além disso tinha diabetes e artrite.

A múmia da rainha e os estudos feitos a partir da história do seu reinado somam uma das maiores descobertas do Egito Antigo no século XIX.