BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
No dia sete de setembro de 2022 o Brasil comemora o Bicentenário da Independência. A data tem motivado comemorações diversas pelo país e convida todos os brasileiros à reflexão sobre o desenvolvimento da nação.
A independência do Brasil foi declarada no dia 7 de setembro de 1822, e, com ela, o Brasil determinou o fim do laço colonial que existia com Portugal, declarando-se como uma nação independente.
A independência do Brasil foi resultado de uma série de transformações que o país enfrentou e teve como grandes nomes José Bonifácio e Maria Quitéria de Jesus.
O primeiro ato formal de desobediência à Corte portuguesa, praticado pelo príncipe D. Pedro como regente do Brasil, no “Dia do Fico”, que aconteceu em 9 de janeiro de 1822, no Paço Real, no Rio de Janeiro.
Com esse gesto de insubordinação às Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, a separação do Brasil de Portugal estava informalmente realizada.
Outra personagem da história é a Maria Quitéria de Jesus, a baiana, filha de um proprietário de terras do sertão da Bahia que, ao invés de ficar e esperar um bom casamento, resolveu fugir de casa, se travestir de soldado com as roupas de seu cunhado e lutar contra as tropas portuguesas pela independência do Brasil.
Disfarçada de soldado Medeiros, sobrenome de seu cunhado, Maria Quitéria sabia atirar muito bem, montar a cavalo e lutar com bravura.
Mesmo após de ser descoberta no seu disfarce, continuou lutando e chegou a ser condecorada como primeiro cadete pelo general Labatut. Um decreto imperial lhe conferiu as honras de Alferes de Linha e foi condecorada com a Insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.
José Bonifácio era um estudioso que passou 36 anos na Europa. Ao retornar ao Brasil, onde 90% da população era analfabeta, ele almejava avanços para o país. Na elaboração da primeira carta constitucional do país, outorgada em 1824, ele tentou defender a necessidade de abolir a escravatura, de proteger as florestas e os indígenas e de implantar escolas, faculdades e a imprensa nas cidades e nas capitais das províncias. Eram ideias muito à frente daquele tempo, que foram sufocadas e não prosperaram.
A condução do processo de independência foi realizada, principalmente, por José Bonifácio, uma vez que ele conseguiu imprimir muitas de suas ideias nas decisões tomadas e na forma como d. Pedro I administrava o Brasil.
O patriarca José Bonifácio de Andrada, com sua experiência; Dom Pedro I, com seu entusiasmo e juventude; e Maria Quitéria de Jesus, com sua bravura feminina da mulher patriota e heroína brasileira na luta da independência do Brasil, merecem ser lembrados com respeito pelos brasileiros, como figuras centrais no nosso processo de Independência.
Por um lado, o momento é de exaltar conquistas e avanços alcançados ao longo desses dois séculos. De outro, reforça a necessidade da construção permanente do Brasil como nação autônoma e soberana.