“LIDAR” REVELA EXTENSA FORTALEZA MEDIEVAL

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Crédito da imagem: Universidade de Santiago de Compostela

UMA PESQUISA LIDAR DE CASTRO VALENTE, UM SÍTIO ARQUEOLÓGICO QUE ABRANGE A PROVÍNCIA DE A CORUÑA E A PROVÍNCIA DE PONTEVEDRA, NA ESPANHA, REVELOU SER UMA EXTENSA FORTALEZA MEDIEVAL DO SÉCULO V AO VII DC.

Light Detection and Ranging (LiDAR), é um método de sensoriamento remoto que usa luz na forma de um laser pulsado para medir alcances (distâncias variáveis) até a Terra.
As diferenças nos tempos de retorno do laser e na medição dos comprimentos de onda podem ser usadas para compilar um mapa digital 3-D da paisagem, removendo recursos obscuros, como copas de árvores que podem ocultar recursos arqueológicos.
Anteriormente, pensava-se que Castro Valente era um assentamento fortificado da Idade do Ferro em uma colina de 1.300 pés de altura, mencionado pela primeira vez em publicações dos séculos 19 e 20 que se referem ao local datado entre 1500 e 500 aC.
Uma pesquisa LiDAR realizada por arqueólogos da Universidade de Santiago de Compostela revelou que o local é uma grande fortaleza medieval que cobre uma área de 30 acres, cercada por uma muralha defensiva de três quartos de milha e uma série de 30 torres. em estilo semelhante às muralhas romanas do século III que defendiam a cidade de Lugo, na Espanha.
Um levantamento de terreno determinou que as paredes foram construídas com construção de alvenaria de folha dupla e tem uma espessura variando entre 8 a 14 pés. A pesquisa também confirmou 6 torres ao nível do solo, uma sétima que foi destruída com a criação de uma trilha de fogo e entradas para o interior da fortaleza.
A equipa acredita ter identificado várias estruturas interiores feitas de materiais perecíveis e pedra, tendo as escavações revelado também tijolos e azulejos da época romana, e pequenos fragmentos de cerâmica de pasta vermelha.
Um relatório sobre a pesquisa afirma: “Os resultados nos permitiram documentar a técnica de construção do sistema defensivo e localizar uma possível estrutura em forma de parede pertencente a um edifício intramural. No levantamento feito a uma das [torres], registou-se um grande número de fragmentos de [azulejos], o que nos faz pensar que esta torre poderá ter sido recoberta por estas peças de tradição romana.”
O estudo é o primeiro de outras etapas emocionantes para determinar a verdadeira natureza do local, no entanto, os restos da fortaleza estão agora sob ameaça de uma instalação iminente de quatro turbinas eólicas, seis torres elétricas e uma subestação elétrica.