NOVAS DESCOBERTAS NA GRANDE PIRÂMIDE DE CHOLULA

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Pirâmide de Cholula – Crédito da imagem: Kit Leong – Shutterstock

ARQUEÓLOGOS QUE REALIZAM TRABALHOS DE RESTAURAÇÃO FIZERAM NOVAS DESCOBERTAS EMOCIONANTES NA GRANDE PIRÂMIDE DE CHOLULA.

A Grande Pirâmide de Cholula, também conhecida como Tlachihualtepetl (que significa “montanha feita à mão” em náuatle), é um sítio arqueológico e complexo de templos em San Andrés Cholula, município de Puebla, no México.
A pirâmide é dedicada à versão asteca/nahua da divindade da serpente emplumada, Quetzalcoatl, um deus importante no panteão asteca que está associado ao vento, Vênus, amanhecer, mercadores, artes, ofícios, conhecimento e aprendizagem.
Cholula é uma das maiores pirâmides em volume nas Américas, cobrindo uma área de 300 por 315 metros, em comparação com a Pirâmide do Sol em Teotihuacán, que mede 220 por 230 metros, e a Grande Pirâmide do Egito, medindo 230 por 230 metros.
A ocupação do recinto cerimonial começou no período formativo tardio, e a primeira etapa de construção da pirâmide data do período formativo terminal. A Grande Pirâmide foi construída em quatro grandes etapas de construção e pelo menos nove fases adicionais de pequenas modificações.
Os trabalhos de restauro liderados pela arqueóloga Catalina Castilla Morales e supervisionados pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) descobriram um núcleo de adobe no lado oriental da pirâmide que data do final do período clássico.
Cerâmica braseira e estátua de Tlaloc – Crédito da imagem: Mariana Toledo, INAH

A equipe também encontrou um acúmulo incomum de cerâmica quebrada, que uma análise mais detalhada determinou serem braseiros pré-hispânicos. Não está claro se os braseiros tinham uma função ritual ou eram simplesmente usados ​​para iluminar a pirâmide. O que é aparente é que houve um uso sustentado de fogo na pirâmide, indicado por vários depósitos de cerâmica colocados em camadas depois de serem descartados.
As escavações também encontraram uma escultura cilíndrica de 30 cm em pedra branca, representando o deus asteca, Tlaloc, o deus supremo da chuva, da fertilidade terrestre e da água, representado com seus “olhos arregalados” e presas.
Como parte das obras de restauração, a equipe realizou levantamentos arqueológicos na superfície, além de estudos do subsolo e limpeza de 24 túneis sob a pirâmide.