CAPELA SAGRADA DESTRUÍDA DURANTE A GUERRA DOS CAMPONESES ALEMÃES REDESCOBERTA

Compartilhar
Crédito da imagem: LDA

Arqueólogos do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos e Arqueologia (LDA) da Saxônia-Anhalt redescobriram a Capela Mallerbach no local do mosteiro de Kaltenborn

Entre 1524 e 1525, um grande número de camponeses, classes urbanas mais baixas e nobres menores que viviam nas áreas de língua alemã na Europa Central se rebelaram contra uma combinação de fatores econômicos, sociais e religiosos. Estes incluem:

Dificuldades econômicas e desigualdade: os camponeses enfrentavam pesados ​​encargos com impostos, taxas e aluguéis impostos pelos proprietários de terras, pela igreja e pelos governantes seculares.

Opressão feudal: Muitos camponeses ficaram cada vez mais ressentidos com as limitações impostas às suas liberdades pelos senhores feudais, incluindo restrições à caça, pesca e acesso a terras comunais.

Influência religiosa: A Reforma inspirou muitos camponeses que viram nela um chamado para uma reforma social e econômica contra uma igreja corrupta.

Queixas legais: Os camponeses buscavam maior controle sobre a governança local e a justiça. Eles estavam frustrados pelas decisões arbitrárias tomadas por seus senhores e exigiam mais influência sobre as leis e regras que governavam suas vidas diárias.

Crédito da imagem: LDA

Após a eclosão da Guerra dos Camponeses, insurgentes das aldeias vizinhas de Riestedt e Emseloh saquearam o mosteiro de Kaltenborn, perto de Allstedt, no distrito alemão de Mansfeld-Südharz, levando ao declínio do mosteiro e sua eventual dissolução em 1538.

De acordo com um comunicado de imprensa da LDA: “Sua destruição – um ato de rebelião contra o convento cisterciense de Naundorf, que estava encarregado da Capela de Santa Maria e ao qual os moradores de Allstedt estavam sujeitos a impostos – pode ser vista como o primeiro surto e prenúncio da revolta vindoura do ‘homem comum’ contra as autoridades.”

Escavações recentes no local do mosteiro localizaram a capela Mallerbach dos séculos XII/XIII, um local sagrado de adoração para peregrinos que vinham testemunhar uma imagem chorosa da Virgem Maria.

Arqueólogos descobriram a planta original da capela, que mede cerca de 17 metros de comprimento com um coro retangular e abside semicircular. Escavações também encontraram as fundações do altar, assim como vestígios de queimadas da época da Guerra dos Camponeses Alemães.

Crédito da imagem do cabeçalho: LDA

Fontes: Secretaria Estadual de Preservação de Monumentos e Arqueologia (LDA)