POLÍCIA ITALIANA DESCOBRE ARTEFATOS ETRUSCOS DO SÉCULO III A.C. EM OPERAÇÃO CONTRA O MERCADO NEGRO

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Urnas e sarcófagos etruscos
© Comando Carabinieri para a Proteção do Patrimônio Cultural/Emanuele Antonio Minerva

ROMA, ITÁLIA — A recente operação policial na cidade de Città della Pieve, na Úmbria, resultou na apreensão de artefatos etruscos do século III a.C. A ação, conduzida pelas autoridades italianas, revelou itens históricos que foram encontrados por saqueadores em suas próprias terras e estavam destinados ao mercado negro.

De acordo com uma reportagem do The Straits Times, entre os itens confiscados estão dois sarcófagos, oito urnas de pedra esculpidas com cenas da mitologia grega, um frasco de perfume e espelhos de bronze.

Essas urnas, algumas das quais portavam a inscrição da família Pulfna, apresentavam tampas decoradas com esculturas de mulheres reclinadas. Os lábios e as joias dessas figuras ainda conservam vestígios de tinta, oferecendo um vislumbre das técnicas artísticas e dos estilos de vida da antiga civilização etrusca.

Os sarcófagos e as urnas, com suas cenas mitológicas detalhadas, exemplificam a herança cultural dos etruscos. A descoberta desses artefatos permite que arqueólogos estudem as práticas funerárias e as crenças religiosas dessa civilização antiga. Os espelhos de bronze e o frasco de perfume destacam aspectos cotidianos da vida etrusca, desde a higiene pessoal até as tradições de beleza.

Em 2015, um fazendeiro de Città della Pieve fez uma descoberta significativa enquanto arava suas terras próximas ao local dos artefatos recentemente recuperados. Ele encontrou um hipogeu, um túmulo subterrâneo, que também pertencia à família Pulfna. Essa descoberta anterior revelou a importância dessa família na região, tanto em termos de status social quanto de práticas funerárias.

As autoridades italianas estão focadas em preservar esses artefatos e em impedir que outras peças valiosas sejam vendidas no mercado negro. A operação destaca a ameaça contínua que os saqueadores representam para o patrimônio cultural e a necessidade de vigilância constante por parte das forças de segurança.

Essas apreensões não apenas protegem a integridade dos artefatos históricos, mas também lembram a importância de preservar a história comum para as gerações futuras. Cada peça recuperada oferece insights sobre civilizações passadas e enriquece nosso entendimento do mundo antigo.