DESCOBERTA EM ISRAEL: ESTATUETAS AFRICANAS DE 1500 ANOS REESCREVEM A HISTÓRIA!
Recentes escavações arqueológicas no deserto de Neguev, em Israel, trouxeram à tona uma descoberta intrigante que lança luz sobre as conexões culturais e a diversidade populacional na região há cerca de 1.500 anos. Em túmulos cristãos datados dos séculos VI e VII d.C., localizados no sítio arqueológico de Tel Malhata, foram encontradas cinco estatuetas notáveis, algumas das quais apresentam claras características africanas e são feitas de materiais raros para a época e localidade.
Tel Malhata, um local com um histórico de ocupação que remonta à Idade do Bronze Média, foi um ponto estratégico durante o período romano-bizantino, funcionando como fortaleza e, posteriormente, como um centro administrativo e comercial. Sua localização privilegiada em rotas comerciais que conectavam a região a bens de luxo da Arábia e de terras mais distantes, como Índia e Sri Lanka, é crucial para entender parte do achado (Aventuras na História, 2025). As escavações, conduzidas pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), focaram em um cemitério com sepulturas cristãs revestidas de pedra, típicas do período. Foi nesse contexto que, em três sepulturas distintas – pertencentes a duas mulheres adultas e uma criança – as cinco estatuetas foram descobertas (Gizmodo UOL, 2025; Aventuras na História, 2025).
Das cinco peças encontradas, três foram esculpidas em osso, um material relativamente comum em achados arqueológicos da região desde o período neolítico. No entanto, a singularidade da descoberta reside nas outras duas estatuetas, confeccionadas em ébano, uma madeira nobre, escura e densa, originária especificamente da espécie Diospyros ebenum, encontrada no sul da Índia e no Sri Lanka (Aventuras na História, 2025). O uso de ébano, um material importado e valioso, já seria notável por si só, mas as características das estatuetas de ébano as tornam ainda mais significativas. Elas retratam figuras humanas – um homem e uma mulher – com traços faciais distintamente africanos. As peças possuem furos, indicando que provavelmente eram usadas como pingentes em colares, sugerindo um caráter pessoal e íntimo (Gizmodo UOL, 2025). A IAA descreve que as estatuetas, tanto as de osso quanto as de ébano, “apresentam formas de mulheres e homens com características faciais africanas” e não serviam apenas como decoração, mas como “itens pessoais íntimos que carregavam uma história de identidade, tradição e memória” (Citado em Gizmodo UOL, 2025). Embora encontradas em túmulos dos séculos VI e VII, especula-se que as próprias estatuetas possam ser ainda mais antigas.
As sepulturas revelam detalhes sobre os indivíduos ali enterrados. Uma pertencia a uma jovem mulher, com idade estimada entre 18 e 21 anos, sepultada junto a vasos de vidro, uma pulseira de bronze e uma das estatuetas de osso. A segunda mulher, com idade entre 20 e 30 anos, foi encontrada com jarros de alabastro e duas estatuetas: uma de osso e uma das raras peças de ébano, com rosto feminino e traços africanos. A terceira sepultura continha os restos de uma criança, com idade entre 6 e 8 anos, acompanhada por joias de bronze e dois pingentes, incluindo a estatueta de ébano que retrata um homem com feições africanas e cabelos longos (Aventuras na História, 2025). A notável semelhança entre as estatuetas de ébano encontradas nos túmulos da segunda mulher e da criança levou os arqueólogos a sugerir uma relação de parentesco próxima, possivelmente mãe e filho (Aventuras na História, 2025).
A presença dessas estatuetas, especialmente as de ébano com feições africanas, em túmulos cristãos no Neguev levanta questões importantes sobre a origem e a identidade das pessoas ali enterradas. A IAA e os pesquisadores envolvidos consideram a possibilidade de que os indivíduos sepultados, ou seus ancestrais diretos, fossem originários da África (Gizmodo UOL, 2025; Aventuras na História, 2025). Essa hipótese sugere a existência de uma comunidade cristã no sul de Israel há 1.500 anos que incluía membros vindos da África. A presença das estatuetas, mesmo em um contexto de sepultamento cristão, pode indicar a preservação de tradições e identidades culturais ancestrais, possivelmente representando antepassados dessas famílias, mesmo após a conversão ao cristianismo (Gizmodo UOL, 2025; Aventuras na História, 2025). O acesso ao ébano, por outro lado, pode ser explicado pelas rotas comerciais estabelecidas entre o Império Bizantino e regiões da Ásia, como Índia e Sri Lanka, a partir do século IV d.C.
Isso abre a possibilidade de que as estatuetas tenham sido fabricadas na própria região de Israel ou adquiridas através do comércio, embora a iconografia africana permaneça um forte indicativo de conexão direta com o continente africano.
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