RAGNAROK: A VERDADE CHOCANTE SOBRE O FIM DOS TEMPOS NÓRDICOS!

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Ragnarok é um conceito central na mitologia nórdica, representando o destino final dos deuses e do mundo. Não é apenas uma batalha, mas uma série complexa de eventos profetizados que culminam na destruição e subsequente renascimento do cosmos. Este evento é detalhado em textos antigos como a Edda Poética e a Edda em Prosa, fornecendo uma visão profunda da cosmologia nórdica.

Os sinais que precedem o Ragnarok são cruéis e progressivos. O primeiro e mais significativo é o Fimbulvetr, um inverno rigoroso que dura três anos consecutivos, sem qualquer verão entre eles. Este período de frio extremo e escuridão causa grande sofrimento e escassez, levando a uma deterioração da ordem social e moral entre os humanos.

Durante o Fimbulvetr, a humanidade mergulha em conflitos e guerras incessantes. Os laços familiares se desfazem, e a violência se torna a norma. Irmãos lutam contra irmãos, e a sociedade se desintegra, preparando o cenário para a anarquia que precede a chegada dos gigantes e outras forças destrutivas.

Um dos eventos mais dramáticos é a libertação de Fenrir, o lobo gigante, filho de Loki. Ele se solta das correntes mágicas que o prendiam e começa a causar devastação. Fenrir é uma figura de poder imenso, e sua liberdade é um presságio claro da iminente catástrofe.

A serpente Midgard, Jörmungandr, também filha de Loki, emerge das profundezas do oceano, causando inundações e tsunamis que varrem a terra. Seu movimento agita os mares e os céus, e seu veneno polui o ar, tornando-o irrespirável para muitos.

No clímax, Heimdall, o guardião da ponte Bifrost, toca sua trombeta, Gjallarhorn, um som que ecoa por todos os nove mundos, alertando os deuses sobre a chegada da batalha final. Este é o sinal para que os Aesir e Vanir se preparem para o confronto inevitável.

As forças do caos, lideradas por Loki, reúnem-se. Ele é acompanhado pelos gigantes de gelo de Jotunheim, os gigantes de fogo de Muspelheim, liderados por Surtr, e os mortos de Helheim. Eles marcham em direção a Asgard, o reino dos deuses, para o confronto decisivo.

A batalha de Ragnarok é um massacre. Odin, o Pai de Todos, enfrenta Fenrir e é engolido pelo lobo. Thor, o deus do trovão, luta contra Jörmungandr e consegue matá-la, mas sucumbe ao veneno da serpente logo em seguida. Freyr, o deus da fertilidade, é morto por Surtr, que então incendeia o mundo com sua espada flamejante.

A destruição é total. O fogo consome tudo, e o mundo é submerso pelas águas. A maioria dos deuses, gigantes e criaturas perece, e o cosmos é purificado através da aniquilação completa. Este é o fim de uma era, um ciclo de existência que se encerra.

No entanto, Ragnarok não é apenas um fim, mas também um novo começo. Após a destruição, um novo mundo emerge das águas, verde e fértil. Alguns deuses sobreviverão, como Vidar e Vali, filhos de Odin, e Magni e Modi, filhos de Thor, que herdarão o martelo Mjolnir.

Dois humanos, Lif e Lifthrasir, que se esconderam na árvore Yggdrasil, repovoarão a nova Terra. O novo mundo é um lugar de paz e renovação, livre dos males e conflitos do passado. Ragnarok, portanto, simboliza a natureza cíclica da existência, onde a destruição abre caminho para a criação.